É raro, mas acontece: um carro brasileiro é mais moderno que um europeu de mesmo nome. Desde o lançamento da , a Stellantis resolveu mudar os rumos da família C3 para mercados emergentes e para a Europa. E isso ficou ainda mais claro com o lançamento do novo Citroën C3 Aircross.

Esse nome foi usado pela primeira vez no Brasil entre 2010 e 2020 na versão aventureira da minivan C3 Picasso. Só que ganhou corpo e individualidade a partir de 2017 quando o modelo se transformou em um SUV e passou a ser vendido na Europa. Derivado do C3 europeu de terceira geração, ele está defasado em relação ao Brasil.

O Citroën C3 Aircross europeu usa plataforma PF1 da primeira geração do Peugeot 208 e da segunda do Citroën C3. Essa base segue viva no Brasil dando origem ao atual 2008 e ao C4 Cactus. Contudo, é uma base que tem data de validade prestes a expirar, visto que todos os modelos compactos da Stellantis migrarão para a CMP / STLA Small.

Justamente essa base modular mais moderna que é a usada no C3 Aircross brasileiro / indiano. Além disso, as propostas são bem diferentes. O modelo europeu tem 4,15 m de comprimento, 2,60 m de entre-eixos, 1,76 m de largura e 1,64 m de altura. Medidas do Aircross brasileiro não foram reveladas, mas ele será maior para acomodar 7 pessoas.

7 x 5

E essa é a maior diferença entre eles. O SUV do Velho Continente foi feito para substituir a C3 Picasso. Ou seja, ainda é praticamente uma minivan aventureira, pois tem carroceria visualmente alta, mas pouca altura em relação ao solo. Não aposta em robustez e traz soluções de interior simples.

Já o modelo brasileiro, foi evidentemente elevado em relação ao C3 padrão, que já é um carro alto. Além disso, tem espaço para sete pessoas, algo que nunca foi oferecido em um SUV da Citroën na Europa. Há de considerar, contudo, que a construção e acabamento do nosso Aircross é bem mais simples. Afinal, é um carro de baixo custo.

Turbo para todos os lados

Mas na motorização, podemos dizer que há empate técnico. Lá na Europa, o C3 Aircross conta com motor 1.2 PureTech três cilindros em versões aspiradas e turbo. Há versões diesel com um 1.5 BlueHDi semelhante ao usado nas vans Fiat Scudo, Peugeot Expert e Citroën Jumpy. Câmbio pode ser manual ou automático, ambos de seis marchas.

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