Com o segmento de sedãs médios encolhendo e o de hatches médios praticamente morto, a fábrica da Chevrolet em Santa Fé, Argentina, está subutilizada. Enquanto isso, São Caetano do Sul está passando por reformas extensas para receber a nova Montana 2023. Por isso, a Argentina também passará a ser responsável pela produção do Chevrolet Tracker.
Até então, a Fábrica de Santa Fé fazia 80 mil carros por ano, divididos entre Cruze e Cruze Sport6. A chegada do Tracker fez com que a planta fosse ampliada em 50 mil m² com novas áreas de prensa, carroceria e montagem. Assim, a unidade terá capacidade ampliada para 115 mil carros por ano.
Não ficou claro se o volume extra de produção em relação ao nível atual será destinado ao Tracker, resultando em 35 mil carros por ano. Outra possibilidade é que o ritmo de produção do Cruze e do Cruze Sport6 diminua para liberar mais espaço ao SUV compacto, uma vez que os irmãos estão em declínio enquanto o Tracker vende cada vez mais.
Para chegar a esse nível de produção e ampliação da fábrica, a Chevrolet investiu US$ 350 milhões (R$ 1,74 bilhão) para o projeto de veículo de alto valor agregado, que no caso sempre foi o Tracker. Rumores anteriores diziam que a GM poderia fazer um SUV médio por lá ou outro produto, mas acabou sendo o próprio Tracker.
O início de produção na Argentina com o modelo atual sem nenhuma modificação indica que ele se manterá com esse visual e interior por mais um bom tempo. Afinal, a Chevrolet não investiria uma quantia bilionária para fazer um Tracker que logo mudaria. Vale lembrar que na China ele ganhou novo interior que deve inspirar a cabine da Montana 2023.
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