Com a aposentadoria do Cruze em todos os países que anteriormente atuava, exceto América do Sul, a Chevrolet tem um problema nas mãos: como substituir o sedã médio em mercados-chave que ainda consomem esse tipo de modelo? Na China, o novo Chevrolet Monza o sucedeu e agora ele partirá para outros mercados.
Antes de falar sobre o Monza, é preciso entender em que pé está a situação do Cruze hoje. Até pouco tempo atrás, ele era produzido na Argentina, México e China, permitindo sua venda em todo continente americano e na Ásia. As fábricas do México e da China param com a produção do Cruze, deixando apenas a Argentina.
Assim, tanto o sedã quanto o hatch perderam o status global e passaram a ser produtos vistos apenas na América do Sul, com destaque para o Brasil onde o Cruze é o terceiro sedã médio mais vendido do país e o Cruze Sport6 lidera no capenga segmento de hatches médios.
Nos EUA a solução foi substituí-lo pelo SUV Trailblazer, já na China, a GM desenvolveu o novo Monza. Usando a plataforma PATAC-K, uma versão evoluída da D2XX do Cruze e do Equinox, o novo Chevrolet Monza chegou em 2019 se posicionando acima do Onix Plus e substituindo de uma vez o Cavalier e o Cruze.
Até então sem planos de expansão global, o novo Monza pode sair da China em direção a outros mercados em 2021, como aponta o . No México, o Monza deverá chegar no próximo ano para tomar o lugar do Cruze (que era produzido localmente) e também do Cavalier, importado da China.
Para isso, ele será importado com motor 1.3 quatro cilindros turbo de 163 cv atrelado à transmissão automática de seis marchas. Há também versões com o mesmo 1.0 três cilindros turbo de Onix, Onix Plus e Tracker lá na China, porém é um motor pequeno para o segmento de sedãs médios.
Com 4,63 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,48 m de altura e entre-eixos de 2,64 m, ele é 3 cm mais curto que o Cruze, sendo um pouco maior que Honda Civic e Toyota Corolla. Por falar em Corolla, o novo Monza conta com versões micro-híbridas, que não trazem a mesma economia que o Corolla Hybrid, mas já são um primeiro passo para a eletrificação.
Com o novo Monza chegando ao México para cobrir a lacuna do Cruze, fica a dúvida sobre o que a Chevrolet fará quando o ciclo de vida do modelo se encerrar por aqui. Importará o Monza da China? Fabricará o novo sedã no México? Ou vai tentar suprir a vaga com o Tracker?
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