A Fórmula 1 ajudou a moldar o mundo automotivo dentro e fora das pistas. Diversas tecnologias que hoje são utilizadas em outras categorias, ou até mesmo nos carros de rua, foram criadas na principal disputa do automobilismo mundial. E esses cinco carros foram fundamentais para o processo.
Lotus 49 – primeiro Fórmula 1 com aerofólio
Hoje, a aerodinâmica é algo crucial para um carro de Fórmula 1, mas até 1968 esse era um conceito não explorado na categoria. Coube a Colin Chapman, fundador da Lotus, inaugurar a era da aerodinâmica com o Lotus 49 no GP de Mônaco daquele ano, colocando uma asa traseira no bólido. Graham Hill fez a pole com grande vantagem e ainda venceu a corrida, iniciando a busca por carros mais aerodinâmicos na categoria.
Renault RS01 – primeiro carro turbo da F1
Na década seguinte, um novo elemento passou a fazer parte dos carros de F1. Ainda pouco explorado na indústria, o turbo era uma novidade no mundo automotivo, até que a Renault decidiu instalar o caracol em seus bólidos de Fórmula 1. O turbo estreou em 1977, mas a primeira vitória veio apenas em 1979, quando os problemas de confiabilidade foram solucionados. Durante os anos 1980, o turbo entrou de vez na categoria, até ser banido em 1989, por conta das potências cada vez maiores dos propulsores.
Lotus 79 – primeiro carro asa da Fórmula 1
A Lotus voltou a fazer história em 1978, quando levou o conceito da aerodinâmica ao extremo. Por que se contentar com as asas dianteira e traseira, se era possível transformar todo o carro em uma? Assim nasceu o efeito solo na F1, em que as laterais se transformavam em enormes túneis para aumentar a aerodinâmica. Com isso, Mario Andretti e a Lotus foram imbatíveis em 1978, faturando o título. Depois desse sucesso, as outras equipes copiaram o conceito, até ele ser banido em 1983, por questões de segurança. Desde o ano passado, os carros da Fórmula 1 voltaram a explorar o efeito solo, mas de um jeito mais seguro.
McLaren MP4/1 – primeiro carro de fibra de carbono
Até a década de 1980, os acidentes fatais eram recorrentes na categoria. Infelizmente, diversos pilotos perderam a vida por conta da falta de segurança dos carros. A McLaren revolucionou ao criar o primeiro carro feito de fibra de carbono, em 1981. Além de aumentar a segurança, o material era mais leve, e se tornou o padrão dos bólidos desde então.
Ferrari F1 640 – primeiro carro de F1 com câmbio automatizado
Em 1989, a Ferrari tentava se recuperar do atropelo que a McLaren fez em 1988, quando venceu 15 das 16 corridas, sendo que a única perdida pelos ingleses foi vencida pelos italianos. Foi então que a equipe decidiu revolucionar o câmbio de seus carros, trocando o tradicional manual em H pelo automatizado com borboletas no volante.
Embora existisse muito pessimismo sobre a durabilidade do sistema, ele triunfou logo na primeira corrida daquele ano, vencida por Nigel Mansell no extinto autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Aos poucos, o sistema passou a ser utilizado por todo o grid, sendo o padrão até os dias atuais.
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