Depois de anunciar o novo programa de governo de incentivo a carros populares baratos no Brasil, ficamos pensando como as marcas podem atuar em segmentos abaixo das que já atuam. Afinal, os modelos ditos de entrada custam hoje na faixa dos R $90 mil.
Enquanto esse programa do governo não entra em ação de fato, trouxemos uma lista com carros de baixo custo que poderiam ser vendidos no Brasil. O critério de seleção foi de que todos os carros deveriam pertencer a marcas já estabelecidas no Brasil e que esses modelos fossem os mais baratos de suas montadoras no país em que esses carros são vendidos. O foco era em carros que podem custar bem menos de R$ 100 mil, mesmo em versão topo de linha.
Hyundai i10
No mundo existem dois carros com o nome i10: o nome europeu de alto custo e que briga com o Kia Picanto e o Grand i10 destinado a mercados de baixo custo. Ficamos com o segundo, afinal, se a ideia é ter carros populares baratos, ele seria uma ótima alternativa. Com porte de Fiat Mobi e Renault Kwid, o Hyundai Grand i10 já é vendido próximo do Brasil.
O modelo é encontrado em países como Argentina e Chile e conta com o mesmo motor 1.0 três cilindros aspirado ou turbo do HB20. Tem visual com algumas linhas compartilhadas com o irmão maior, como o desenho dos vidros laterais, mas é um projeto mais simples e menor. Com preço certo, poderia ser um enorme sucesso no Brasil.
Citroën Ami
Já que o futuro é elétrico, por que não apostar em carros baratos movidos a bateria? O poderia ser justamente essa alternativa extremamente urbana e espartana. Só que, talvez, esbarraria na legislação brasileira por não ter airbags, muito menos freio ABS. Ou, como acontece na Europa, passar por baixo dos panos fingindo ser um quadriciclo.
O Citroën Ami é um simpático microcarro de apenas 8,2 cv e que não chega a 100 km/h nem em uma decida. Pesa apenas 485 kg e tem autonomia elétrica de 75 km. A ideia do modelo é ser usado somente em ambientes urbanos e com a conveniência de ser carregado sempre em uma tomada comum. Curiosamente ele tem o fio de energia embutido.
Honda Amaze
Já que estamos pensando em carros baratos, é preciso também de um sedã de entrada. E a Honda tem a melhor alternativa no segmento, que é extremamente popular na Índia. O Amaze é derivado da segunda geração do Brio e é o único dos sedãs encurtados indianos a não parecer um sedã achatado.
Com jeito de mini City, o Amaze é equipado com motor 1.2 três cilindros aspirado e tem exatamente o mesmo comprimento de um Fiat Argo. Lá fora a marca o oferece com transmissão manual ou CVT. Em um mercado em que está cada vez mais raro ver um sedã por menos de R$ 100 mil, um modelo como o Amaze seria mais que bem vindo.
Toyota Ayla / Agya / Wigo
Derivado de um projeto da Daihatsu, o Toyota Ayla, também conhecido como Agya ou Wigo usa a mesma plataforma DNG-A que dá vida ao futuro Toyota Yaris Cross brasileiro. Pensado para ser um carro de entrada, ele tem apenas 3,83 m de comprimento, ou seja, 31 cm a menos que o Yaris.
Com visual moderno, o modelo traz opção de motor 1.0 três cilindros ou 1.2 três cilindros, ambos aspirados. Com estilo bem mais agradável que o Etios, o Ayla poderia ser o carro de baixo custo e barato que a Toyota sempre sonhou em ter, mas nunca conseguiu volume o suficiente para justificar sua venda no Brasil.
Mitsubishi Mirage
Apesar de ser um dos carros mais criticados da história da Mitsubishi, o Mirage cumpre bem sua função de ser um modelo de baixo custo. Aliás, ele está entre os carros 0 km mais baratos dos EUA e de diversos países onde a Mitsubishi atua. hoje é fabricado somente na Tailândia, vale lembrar.
O pequeno Mitsubishi traz motor 1.0 ou 1.2, ambos aspirados e com três cilindros. Em alguns mercados dispõe de transmissão manual de cinco marchas, enquanto outros recebem câmbio CVT. Em casos mais específicos, as duas transmissões estão disponíveis. O modelo foi lançado em 2012 como hatch e em 2013 como sedã e não está em vias de mudar.
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