Tal qual uma harmonização facial bem feita, alguns carros só precisavam de uma reestilização para se salvar. Nem sempre os modelos nascem bem feitos ou com visual harmônico, por isso, é preciso uma intervenção cirúrgica para melhorar a aparência – algo reservado quase sempre para a primeira reestilização.
O exemplo da capa dessa matéria é o mais contundente: o que mudou da água para o vinho com a mudança de estilo da linha 2023. Mas conheça agora outros cinco carros que foram salvos por uma reestilização.
Ford Fiesta
Quando a quarta geração do Fiesta foi lançada globalmente em 1995, a Ford estava obcecada por ovais. Todos os seus carros tinham elementos ovais ou eram ovos ambulantes. Foi assim que o Taurus teve uma geração que mais parecia uma barata pisada e o Fiesta ficou chateado por alguns anos.
A quarta geração tinha faróis ovais acompanhados de uma grade oval, o que deu a ele o apelido de Fiesta tristonho ou chorão. A alegria só voltou à frente do Fiesta em 1999 com a reestilização a qual adotou elementos de design da linguagem New Edge que estreou no Ka e foi aplicada no Focus. Esse modelo ficou conhecido como Fiesta gatinho.
Fiat Palio Weekend
Ainda que a segunda reestilização da família Palio tenha sido a mais duradoura e, unanimemente, a mais bonita no hatch, seus derivados tiveram um problema. A traseira de Siena e Palio Weekend era desastrosa nos modelos que saíram de Betim entre 2004 e 2008. Tanto que a Weekend era chamada de lanterna panetone.
A reestilização de 2008 trouxe lanternas elegantes inspiradas nos modelos da Alfa Romeo. A perua merece destaque, por isso ela está na lista sem o sedã, por ter apresentado a versão Adventure mais parruda e radical de todas. Em tempos em que SUVs compactos ainda eram raros, ela era o mais próximo de um utilitário que a Fiat tinha. E cumpria bem o papel.
Chevrolet Spin
Enquanto o antigo Hyundai HB20 era chamado de bagre, a primeira Chevrolet Spin tinha apelido de capivara. A inspiração na fauna se deu por conta de suas dianteiras polêmicas, mas algo que as reestilizações de ambos salvaram. Apesar de já estar pedindo outra reestilização, a Spin ganhou a nova dianteira em 2018 e ficou bem mais elegante.
Faróis afilados conectados à grade frontal e lanternas invadindo a tampa do porta-malas deram a ela um estilo bem mais moderno. Isso sem contar que a placa subiu para a tampa do porta-malas, como sempre deveria ter sido. Por uma boa decisão, a GM também tirou o estepe pendurado na traseira da versão Activ, que era chamada de capivara de mochila.
Jaguar XF
Lançado em 2008, o Jaguar XF nunca foi um carro feio. Mas o conceito apresentado alguns anos antes era bem mais bonito. Culpa dos estranhos faróis bolhudos que a Jaguar insistiu em colocar no modelo e que arruinaram toda beleza de sua dianteira. Por sorte uma reestilização em 2011 veio para salvá-lo.
O Jaguar XF ganhou faróis mais finos e elementos mais coesos com a identidade visual em vigência na época da marca britânica. E para alegria dos puristas, foi somente depois da reestilização que o XF ganhou a belíssima versão perua.
Mitsubishi L200 Triton
Quando a Mitsubishi lançou a quinta geração da L200, ninguém gostou da frente. O modelo anterior era bem mais bonito, sendo uma das picapes mais elogiadas da época. Mas quando a nova Triton surgiu, a frente esquisita, lanternas espichadas e grade dentuça não agradaram a ninguém.
Foi a reestilização de 2019 que salvou a L200 Triton. Ela mudou radicalmente, mas exigiu grandes mudanças na dianteira e traseira que até influenciaram a nova geração. A frente robusta, alta e quadrada casada com faróis finos a tornou uma das mais belas caminhonetes à venda hoje. A traseira ganhou volume e lanternas mais coerentes com o desenho.
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