O carro elétrico deve voltar a pagar imposto de importação no Brasil. É o que diz os colegas do AutoData, que apuraram que as negociações com a Abeifa, a associação das marcas de importados, deve fazer com que as cobranças voltem no segundo semestre deste ano.
A associação propôs ao governo uma taxa inicial de 2%, para carros elétricos, e de 4%, para veículos híbridos, mas que poderia ser maior no caso de modelos menos eficientes. No caso dos híbridos-leves, com bateria de 48V, a taxa seria de 7%.
No entanto, o teto da taxa seria de 20%, número abaixo dos 35% cobrados para a maioria dos importados, exceto os modelos feitos no Mercosul e no México, por conta dos acordos comerciais com o Brasil. Além de servir para aumentar a receita do governo, a taxa serviria para incentivar as empresas a produzirem veículos elétricos no Brasil, já que este imposto seria excluído da equação.
GM é contra o imposto para carro elétrico
O presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, foi enfático ao dizer que a General Motors não quer o fim da isenção de impostos para a importação de carros elétricos. Durante o lançamento da nova Chevrolet Montana para concessionários, o executivo fez questão de se posicionar contra a proposta que prevê o término dos benefícios fiscais.
O executivo disse que retirar a isenção dos impostos significa fechar as fronteiras para os carros elétricos no Brasil. Dessa forma, o público brasileiro ficaria impedido de ter acesso a tecnologia, o que vai contra o objetivo da GM de expandir o uso dos modelos elétricos.
A Anfavea, associação das fabricantes nacionais, é a favor da cobrança de impostos, contanto que seja criado um programa de incentivo à produção nacional de carro elétrico. Portanto, resta aguardar se a tributação será de fato realizada, e quais modelos serão afetados por esta suposta nova regra.
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