Há dez anos, as marcas chinesas começaram a dar seus primeiros passos rumo à globalização com a chegada a países emergentes. JAC, Chery, Chana e Lifan foram as primeiras a se aventurar no Brasil. Só que agora, montadoras como BYD e GWM não somente estão ganhando força em países emergentes, quanto invadindo o mundo.
A BYD já vende carros na Europa e em mercados desenvolvidos super exigentes, movimento repetido pela GWM e também por outras marcas chinesas. Até mesmo a Chery já vende seus carros na Europa, quer seja com a marca Omoda ou como DR (na Itália). Nitidamente em outro momento de mercado, algumas chinesas querem se juntar para fazer mais.
Em um evento para celebrar o marco de 5 milhões de carros eletrificados produzidos, o presidente e criador da BYD, Wang Chuanfu, apresentou um vídeo detalhando a formação das 12 principais marcas chinesas com atuação internacional e declarou que “eu acredito que a hora chegou para as marcas chinesas”.
Wang ainda foi enfático ao afirmar que “é emocionante ver que 1,4 bilhões de chineses querendo ver uma marca chinesa se tornar global”. Por isso, o CEO da BYD fez questão de citar diversas marcas locais e afirmar que “nossas histórias são diferentes umas das outras, mas compartilham a mesma direção. Não há distinção entre ‘você’ e ‘eu’”.
Engrossando o coro, William Li, chefe da Nio, disse à que “eu sinto orgulho da indústria automotiva da China. Devemos aprender com o sucesso da BYD”. Li Xiang, chefe executivo da Li Auto compartilha da mesma opinião ao dizer que “saudamos a BYD! Cumprimentamos a todos os participantes da era da nova energia”.
BYD vs GWM
Mas nem todas as marcas estão do lado da BYD, como é o caso da GWM. “Em um momento tão crítico, como as marcas chinesas podem ficar juntas? Se só falarmos sobre ficar juntos, mas manter nossos rancores no coração, seria melhor partir para a briga”, declarou polemicamente Wang Yunali, chefe executivo da GWM.
Interessante notar que a treta de BYD e GWM não parecia algo tão explícito assim. No Brasil, as duas marcas chegaram praticamente ao mesmo tempo e estão de olho uma na outra tal qual Honda e Toyota fazem. A GWM decidiu antes dos planos originais por influência do e por demanda dos clientes, que compraram elétricos da rival.
Além disso, ambas chegaram ao nosso país com gama de carros híbridos e elétricos, já tem fábrica por aqui (ainda que inoperante) e certo status que JAC, Chery e muito menos a Lifan jamais atingiram. Ao menos no nosso país, uma é sempre comparada à outra e, ao que tudo indica, isso também deve ocorrer na China, dado o amargor do chefe da Great Wall.
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