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Eletrificado!

Mercedes-Benz GLA entra na eletrificação, mas… | Avaliação

 O Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line exibe um visual assinado pela divisão de Affalterbach e recebeu um auxílio do sistema MHEV

Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line branco em foto de frente com muro amarelo e plantas ao fundo
Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line [Auto+ /Rafael Dea]

Parece que foi ontem, mas dez anos passaram como um sopro. À época do lançamento, em setembro de 2014, o Mercedes-Benz GLA custava na faixa de R$ 154.000 na geração X156, sendo importado inicialmente da Alemanha.

Dois anos mais tarde, no segundo semestre de 2016, o Mercedes-Benz GLA passou a ser produzido em Iracemápolis (SP), dividindo a linha de montagem com o Classe C W205. Eram bons tempos em que um sedã da Mercedes-Benz custava praticamente o mesmo que um Honda Civic Touring, embora menos equipado de série.

Agora, na geração H247, o Mercedes-Benz GLA não apenas melhorou a habitabilidade, como também ganhou uma ajuda elétrica para aumentar a experiência de condução. Só que tudo isso cobra um preço.

Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line branco com a roda virada com plantas ao fundo
Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line [Auto+ /Rafael Dea]

Quanto custa?

Se antes custava abaixo de R$ 200.000, dez anos depois passou a custar R$ 369.990 na configuração GLA 200 AMG Line. Além dessa versão, também são oferecidas as opções GLA 200 Progressive (R$ 339.990) e a esportiva Mercedes-AMG GLA 35 4Matic (R$ 531.990), com 306 cv, tração integral 4Matic e 0 a 100 km/h em 5,2 segundos.

Uma década é suficiente para algo evoluir substancialmente. Foi o que aconteceu com esse Geländewagen (veículo para caminhos difíceis, em tradução livre do alemão). A letra G identifica os utilitários esportivos da Mercedes-Benz, homenageando o clássico e inoxidável Classe G.

Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line branco em foto de traseira  com muro amarelo e plantas ao fundo
Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line [Auto+ /Rafael Dea]

Um Mercedes-Benz GLA mais espaçoso

Mais encorpado em relação ao antecessor, o Mercedes-Benz GLA aprimorou a habitabilidade. Mais belo por fora e melhor resolvido internamente, ele segue no páreo contra os conterrâneos Audi Q3 (entre R$ 297.990 e R$ 358.990, ou de R$ 349.990 a R$ 378.990 na carroceria Sportback) e o BMW X1 (a partir de R$ 299.950 na sDrive 18i GP).

Na ponta da fita métrica, o Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line mede 4,41 m de comprimento, 1,83 m de largura, 1,61 m de altura e 2,72 m de entre-eixos. É um aumento significativo nas dimensões em relação à carroceria X156, o que privilegiou o espaço para até cinco ocupantes.

Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line branco em foto de lateral com muro amarelo e plantas ao fundo
Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line [Auto+ /Rafael Dea]

No passado, dependendo da estatura dos ocupantes, havia uma sensação de claustrofobia, seja pela linha de cintura alta da carroceria, seja pelo console central elevado.

Uma vez dentro, o Mercedes-Benz GLA entrega o conhecido esmero do fabricante de Stuttgart, com a aplicação de bons materiais e arremates no acabamento, além de uma posição de condução facilmente ajustável pelos comandos elétricos localizados nas laterais das portas. Certos detalhes não podem mudar em um carro da Mercedes-Benz!

Foto do painel do Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line
Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line [Auto+ /Rafael Dea]

Se a marca da estrela de três pontas trilhou um caminho de rejuvenescimento para atrair novos compradores de todas as faixas etárias atualizando as linhas do exterior, por dentro a sensação é a mesma. Esqueça o quadro de instrumentos analógico com agulhas laranjas do velocímetro e do RPM do Classe E W210 e as teclas numéricas do Classe C W204. Tudo ficou mais clean.

De algum tempo para cá, a marca passou a priorizar o MBUX (Mercedes-Benz User Experience) com comandos de voz para facilitar a vida do condutor. O sistema multimídia de 10,25 polegadas oferece uma interface intuitiva, permitindo acessar a função desejada com poucos cliques. Além de prático, também transmite informações como saúde do motor, potência e torque utilizados, e dados de consumo.

O quadro de instrumentos de 10,25 polegadas possui ótima resolução e pode ser configurado ao gosto do proprietário por meio das teclas táteis no volante, embora eu particularmente não goste muito delas. É uma questão de preferência!

Elogios também ao ar-condicionado THERMOTRONIC de duas zonas e ao desenho dos bancos esportivos, que acomodam bem o corpo, oferecendo abas laterais generosas. A função de Cinética realiza pequenos movimentos para evitar o cansaço em longos deslocamentos ou no trânsito.

A visibilidade é boa à frente e lateralmente, mas a traseira é ligeiramente comprometida pelo estilo da carroceria e o desenho do vidro. Algo que também ocorre no Land Rover Range Rover Evoque. Independente disso, há sensores e câmera de ré para facilitar manobras e balizas.

Quem viaja atrás encontra o mesmo padrão de acabamento da porção dianteira da cabine, com materiais de qualidade e bem feitos. Os 2,72 m de entre-eixos (eram 2,69 m no antigo) asseguram um bom espaço para as pernas e joelhos dos ocupantes traseiros.

Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line [Auto+ /Rafael Dea]

O porta-malas oferece uma capacidade de 425 litros, com tampa motorizada na abertura/fechamento. Apesar disso, esse volume fica abaixo do Audi Q3 (530 litros) e do BMW X1 (476 litros).

Agora sou um híbrido-leve!

A propulsão é garantida pelo motor de quatro cilindros 1.3 turbinado, desenvolvido em parceria com a Renault, acoplado ao câmbio de dupla embreagem e sete marchas. Estão disponíveis 163 cv a 5.500 rpm e 27,5 kgfm de 2.000 a 3.000 rpm. Com o sistema elétrico de 48 volts, há uma ajuda elétrica que fornece 14 cv extras, melhorando acelerações e retomadas.

Ao trafegar no modo Eco com o pé leve no acelerador, é acionada a função Sailing, que aproveita a inércia para beneficiar o consumo. Segundo o Inmetro, esse Mercedes-Benz crava 11,4 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada, usando apenas gasolina. No GLA não eletrificado, o consumo era de 11,1 km/l e 13,6 km/l, respectivamente.

O motor 1.3 turbinado com sistema MHEV entrega um desempenho apenas condizente, enquanto o seletor de modos de condução traz ainda os modos Normal, Sport e Individual, que ajustam a entrega do desempenho.

Embora o câmbio demore para responder às solicitações, ele conta com borboletas atrás do volante para trocas sequenciais. Em contrapartida, o Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line promove um bom conforto graças à calibração das suspensões, que utilizam arquitetura McPherson à frente e Multilink atrás, absorvendo bem as irregularidades do asfalto e contribuindo para a dinâmica.

Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line [Auto+ /Rafael Dea]

A direção eletricamente assistida é rápida ao esterço e ao retorno. Embora use grandes rodas de 20 polegadas, os pneus de perfil 45 não comprometem o conforto, mas exigem atenção aos buracos e remendos do asfalto. O isolamento acústico da cabine é eficiente, mantendo grande parte dos ruídos indesejados do lado de fora.

Já para quem busca desempenho, o 0 a 100 km/h é realizado em 8,9 segundos, com velocidade máxima de 210 km/h, segundo o .

Veredicto Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line

O Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line é uma opção para quem gosta dos carros da marca e faz questão de estar a bordo de um modelo com o emblema da estrela de três pontas. Mas, ele custa apenas R$ 7.000 a mais que um Classe C 200 AMG Line de geração W206, que é maior, mais espaçoso e requintado.

Diante dos concorrentes, o Mercedes-Benz GLA custa quase o equivalente ao BMW iX1 totalmente elétrico (a partir de R$ 362.950). Ou seja, a vida do GLA 200 AMG Line não é fácil. Em todo caso, vale dar uma conferida também nas concessionárias da Audi antes de fechar negócio com esse Mercedes-Benz. Vai por mim!

Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line branco visto do alco com muro amarelo e plantas ao fundo
Mercedes-Benz GLA 200 AMG Line [Auto+ /Rafael Dea]

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