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Mudança positiva

Chevrolet S10 melhora além do que os olhos podem ver | Impressões

 Melhor para dirigir e com um visual atualizado, a nova Chevrolet S10 mostra que ainda tem bastante caldo para ser extraído dessa geração

Chevrolet S10 High Country [Auto+/Leo Alves]
Chevrolet S10 High Country [Auto+/Leo Alves]

Depois de um contato inicial com a nova Chevrolet S10 2025, na última semana tive a chance de rodar para valer com a caminhonete. E não apenas na rodovia, como também na cidade, no paralelepípedo e em estradas de terra. Com isso, é possível afirmar, com tranquilidade, que a S10 evoluiu não só em design, mas onde mais importa: na experiência ao volante.

Partimos do aeroporto de Brasília rumo a Pirenópolis, no interior de Goiás, em um trajeto de 154 km. Porém, havia um revezamento ao volante com outro colega jornalista, o sensacional, do canal . Com nossa dupla jornalística, mas como nome sertanejo, formada, partimos rumo ao destino final.

Eu assumi o volante no trecho final. Na volta, foi igual, então acabei dirigindo a S10 pelos 150 km, considerando as duas pernas. E tão logo adentrei na cabine da caminhonete, já foi possível notar as evoluções. Talvez a S10 seja a picape que mais dirigi na vida, em diferentes ocasiões e veículos jornalísticos. Por isso, lembrava bem como era conduzi-lá. E realmente está melhor.

Chevrolet S10 High Country [Auto+/Leo Alves]
Chevrolet S10 High Country [Auto+/Leo Alves]

Evoluções da Chevrolet S10

Ao ver a caminhonete atualizada, o novo visual salta aos olhos, e realmente foi uma boa mudança. A cabine também está mais moderna, mas é ao volante que a S10 realmente evoluiu. Não por conta de seu motor 2.8 turbo diesel, que ficou 7 cv mais potente e agora entrega 207 cv e 52 kgfm de torque. Mas sim pela forma como a caminhonete trata seus ocupantes.

Tenho 1,87 m de altura, o que sempre impediu que eu me acomodasse bem na S10 anterior. Agora, graças às mudanças no banco e, principalmente, a adoção da regulagem de profundidade da coluna de direção, isso mudou da água para o vinho. É muito mais fácil achar uma boa posição de dirigir, e não tive dores e nem cansaço no trajeto que fizemos. Meu joelho agradece.

Chevrolet S10 High Country [Auto+/Leo Alves]
Chevrolet S10 High Country [Auto+/Leo Alves]

No entanto, são outros dois fatores que roubam a cena: o ótimo acerto de suspensão, que evita sacolejos desnecessários, e o baixo ruído a bordo, especialmente na versão High Country, a topo de linha e que custa R$ 302.900.

A versão mais completa foi a escolhida para o descolamento Brasília-Pirenópolis-Brasília. E, em rodovias, o rodar está de fato mais suave e agradável para os ocupantes. Isso mesmo com a caçamba vazia. Resumidamente: a Chevrolet fez a lição de casa e transformou a sensação ao volante da S10. Evolução mais do que necessária.

Chevrolet S10 High Country [Auto+/Leo Alves]
Chevrolet S10 High Country [Auto+/Leo Alves]

Outro ponto que merece destaque é a transmissão automática de oito marchas. Ela casou muito bem com o motor 2.8. As trocas são imperceptíveis e a nova programação do conjunto fornece o torque máximo a partir de 1.400 rpm, mantendo um platô até cerca de 2.500 rpm. O resultado é uma entrega de força mais suave e constante.

Off-road agradável

Caminhonetes médias, por usarem carroceria sobre um chassis separado, costumam pular e sacudir bastante. É uma consequência da maior robustez do conjunto, além do preço de se ter uma carroceria separada do chassis. Por isso, essa mudança da S10 2025 surpreende.

Chevrolet S10 Z71 [Auto+/Leo Alves]
Chevrolet S10 Z71 [Auto+/Leo Alves]

Só que foi no trecho off-road que fizemos, para chegar até uma cachoeira, que a nova S10 se destacou. Se na rodovia a caminhonete foi bem, em trechos de estrada de terra e com buracos, essa sensação de um melhor conjunto de suspensão ficou ainda mais evidente. Dessa vez rodei com a Z71, mas exceto pelos equipamentos a menos, o comportamento dinâmico se manteve.

Pontos não tão agradáveis 

O que não é tão interessante assim é a falta de alguns equipamentos. Talvez até por uma questão de limitação de plataforma, mas a versão High Country poderia ter o piloto automático adaptativo. É apenas um detalhe, mas o seletor de marchas mudou de lugar e agora está ao lado do que escolhe as luzes da caminhonete. Em caso de distração, o motorista pode acionar o 4×4 quando queria apenas acender o farol. E como a S10 não pode rodar com a tração nas quatro rodas no asfalto, isso pode gerar um problemão.

[Auto+/Leo Alves]
Chevrolet S10 Z71 [Auto+/Leo Alves]

O ar-condicionado é digital e automático nas versões LTZ (mais vendida da caminhonete) e High Country, mas poderia ter duas zonas, pelo menos na mais cara. E faltou também uma saída de ar para a traseira. Por mais que o conforto tenha melhorado, quem vai atrás ainda sofre com o encosto muito reto, mas isso só seria possível de mudar em uma alteração completa de geração, já que envolve o projeto da caminhonete.

Resumão da nova Chevrolet S10 2025

Em geral, a nova Chevrolet S10 está muito melhor que a linha anterior. Além do design ter melhorado, a caminhonete ficou melhor onde interessa: no conforto, na melhor entrega de potência e torque, e no consumo, que pode ser até 13% menor. Há poucos detalhes que desagradam, sendo os principais essa questão de alguns equipamentos.

[Auto+/Leo Alves]
Chevrolet S10 Z71 e Hign Country [Auto+/Leo Alves]

Por outro lado, agora todas as versões, incluindo a WT, contam com painel digital de oito polegadas e central multimídia de 11 polegadas. Sim, eles são iguais aos da Spin, mas ao menos têm boas funções e deixaram a cabine mais moderna. No geral, a linha 2025 da picape mostrou que é possível fazer uma boa evolução de geração. Resta saber se a caminhonete vai manter a força perante a nova geração da Ford Ranger e das demais picapes que devem mudar de geração nos próximos anos.

O que achou das mudanças da nova Chevrolet S10? Deixe nos comentários a sua opinião.


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