Nesta semana, o Chevrolet Blazer EV RS foi apresentado para a imprensa brasileira. Revelado em 2022 nos Estados Unidos e vendido por lá desde o ano passado, o SUV elétrico resgata um nome marcante no Brasil, mas ele não tem nada a ver com o antigo utilitário esportivo derivado da S10. Trata-se de um modelo completamente novo e construído sobre a moderna plataforma Ultium, a nova base elétrica da GM.
Previsto para começar a ser vendido em setembro, até o momento o preço do novo Chevrolet Blazer EV ainda não foi revelado. Ele será vendido somente na versão RS aqui no Brasil, e sempre utilizando somente a tração traseira. São 347 cv e 44,8 kgfm de torque, com uma bateria de 102 kWh e autonomia de até 481 km, segundo o ciclo Inmetro.
Todos os detalhes do modelo podem ser vistos aqui. Além de mostrar o carro para a imprensa, a Chevrolet aproveitou para levar os jornalistas até a Fazenda Capuava, no interior de São Paulo, para podermos dar umas voltas com o SUV. E, ao menos ao volante, o Blazer EV é bastante empolgante.
Na pista com o Chevrolet Blazer EV
Com quase 2.500 kg, 4,88 m de comprimento e 1,97 m de largura, o Blazer EV não é um carro ágil. Pelo contrário, trata-se de um SUV praticamente do tamanho do BYD Tan, só que com cinco lugares. Só que por ser elétrico, ele compensa esse porte de transatlântico com uma resposta praticamente imediata.
Por só ter tração traseira, o Chevrolet Blazer EV não consegue depositar toda a sua cavalaria com a mesma agilidade que um modelo com tração integral. Mesmo assim, a entrega é bastante veloz, como mostra o 0 a 100 km/h em 5,8 segundos. Um número bastante animador para um SUV imenso desse.
A pista da Fazenda Capuava é bastante sinuosa e não tem grandes retas. Se por um lado é bom para conhecer a dinâmica do carro, por outro lado não dá para acelerar muito. Mesmo assim, na reta deu para superar os 120 km/h. E mesmo já tendo contato com outros carros elétricos, continuo achando estranho atingir essa velocidade sem ouvir nenhum barulho de motor.
Em relação à dinâmica, o Chevrolet Blazer EV é bastante confortável. Mesmo no modo Sport, o modelo se comporta de um jeito mais confortável. O banco abraça bem no encosto, mas o assento deixa o corpo rolar um pouco mais. De qualquer forma, o SUV é bastante bom para rodar e aparentou ser extremamente confortável. A estabilidade também é boa, contornando as curvas do circuito com bastante apetite.
Tecnologia em alta
Como se tornou padrão atualmente, o Blazer EV entrega um pacote bastante tecnológico. Não há nem botão de partida. Basta entrar no carro com a chave, que felizmente é uma peça convencional, e automaticamente ele já se energiza e está ponto para sair. Um pouco estranho, mas é algo que se acostuma.
As telas enormes, sendo de 11 polegadas para o painel de instrumentos e de 17,7 polegadas para a central multimídia, são impressionantes. A resolução é bastante boa, e ainda há o head-up display com a velocidade sendo mostrada no para-brisas e até os caminhos do GPS. Como a central tem o sistema Google, nem é preciso espelhar o smartphone. Os aplicativos ficam disponíveis diretamente nela, e com a vantagem de se ter Wi-Fi a bordo.
A parte mais chata mesmo é ter alguns recursos disponíveis somente na central. Por exemplo, o acionamento dos faróis é feito diretamente nela. Seria melhor ter um acesso convencional, fora da central.
O Chevrolet Blazer EV ainda conta com diversos assistentes, como frenagem autônoma de emergência, ACC, alerta de tráfego cruzado na dianteira e na traseira, assistente de permanência em faixa, e o alerta de ponto cego. É um pacote bastante completo, mas é o esperado para um carro deste nível.
Preço será determinante
Que o Blazer EV é um ótimo produto, não há dúvidas. Este contato inicial deixou isso bem claro. Entretanto, será preciso ter um bom preço para conseguir se destacar entre os elétricos. Afinal, a Chevrolet pretende brigar com gente grande, como os carros elétricos de BMW, Volvo e Mercedes-Benz, marcas que são consideradas premium.
E esse é um grande desafio, já que uma montadora generalista atrair clientes de marcas premium sempre é difícil, pelo público em si preferir as montadoras de luxo. Entretanto, a Chevrolet vendia o Camaro até esses dias, que competia com esportivos de fabricantes mais luxuosas. Portanto, é possível sim conquistar o público. Mas o preço será fundamental nesse sentido.
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