Após um investimento de R$ 100 milhões na fábrica de São José dos Pinhais e de seis meses desde o anúncio, a Audi voltou a fabricar carros no Brasil. Essa é a terceira vez que a marca faz isso, tendo produzido entre 1999 e 2006 o A3 hatch no Brasil, depois entre 2015 e 2020 o A3 Sedan de terceira geração e a primeira geração do Q3.

Agora, a marca das quatro argolas tem os SUVs compactos Q3 e Q3 Sportback como seus únicos modelos com passaporte brasileiro. Eles dividem a linha de montagem com o Volkswagen T-Cross, tornando a fábrica de São José a única do grupo Volkswagen do Brasil a qual produz somente SUVs.

Segundo a marca, serão feitos 4 mil carros por ano, divididos entre Q3 e Q3 Sportback. Para isso, o investimento milionário trouxe novos maquinários, tecnologias e infraestrutura logística que segue rigorosamente os mesmos padrões mundiais da Audi. Serão 200 novos funcionários em dois turnos de fabricação.

Por conta do baixo volume de vendas, a Audi optou pelo método SKD (Semi Knock Down), ou seja, conjuntos de peças e partes dos modelos são montados no Brasil. A princípio, toda produção será destinada somente ao Brasil.

Vale lembrar que as duas variantes do Audi Q3 produzidas no Brasil terão motor 2.0 TFSI quatro cilindros turbo de 231 cv e 34,7 kgfm de torque. A transmissão é sempre automática de oito marchas e, pela primeira vez produzido no Brasil, o Audi terá tração quattro. O motor 1.4 TFSI de 150 cv e 25,5 kgfm foi descontinuado.

“A Audi tem uma relação sólida e duradoura com o Brasil, e mesmo após a interrupção das operações no último ano, sempre acreditamos no potencial de recuperação e crescimento do país,” afirma Daniel Rojas, CEO da Audi do Brasil.

O executivo ainda completa: “Por isso a empresa se esforçou para retomar a sua produção local, de modo a reforçar sua confiança no país e a confiabilidade junto aos clientes com dois dos seus principais produtos globais. Agradecemos às autoridades brasileiras por estarem junto conosco em mais este importante capítulo de nossa história”.

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