Se aqui no Brasil o uso de GNV como alternativa ao etanol e a gasolina não vingou como o esperado, lá na Europa a tecnologia continua a ser um grande atrativo para alguns compradores. Prova disso é que até o Audi A3 tem uma versão movida a GNV, que agora passa pela mudança de geração.
Chamado de Audi A3 G-Tron, o hatch médio movido a GNV não é como o Fiat Grand Siena ou o Toyota Etios Sedan brasileiros, que contam com apenas preparação para receber o gás natural veicular. O A3 G-Tron já sai pronto de fábrica, com motor convertido e cilindros instalados, sendo um abaixo do porta-malas (no lugar do estepe) e outro à frente do tanque de gasolina.
Esse rearranjo dos cilindros permite que o A3 G-Tron não tenha a totalidade de sua capacidade de porta-malas de 380 litros comprometida. A Audi garante total segurança do sistema, tendo realizado testes em 300 bar de pressão, 100 bar a mais que o padrão utilizado pelo combustível
Movendo o Audi A3 GNV está o motor 1.5 TSI quatro cilindros turbo – esse propulsor é uma evolução do 1.4 TSI que é usado no Brasil pelos Volkswagen T-Cross, Polo GTS, Virtus GTS, Tiguan, além dos Audi A3 e Q3. Esse motor roda com ciclo Miller para melhorar a queima do GNV, por isso entrega 131 cv e 20,4 kgfm de torque.
Segundo a Audi, o A3 G-Tron chega aos 100 km/h em 9,7 segundos – tempo semelhante ao Polo TSI que tem o mesmo torque, mas em um motor menor (1.0 TSI). A velocidade máxima é de 211 km/h. O consumo é de 3,6 kg de GNV a cada 100 km rodados. Isso resulta em 445 km de autonomia total com tanques cheios.
Na Europa, o Audi A3 G-Tron partirá de 30.705 euros, o que daria algo em torno de R$ 192 mil em conversão direta. Como o novo A3 ainda não chegou ao Brasil e a marca não investe em modelos GNV no Brasil, dificilmente essa versão será oferecida por aqui.
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