O mercado de motos brasileiro é dominado há muitos anos pela Honda, que tem mais de 70% de participação. Por isso, a vida das concorrentes é sempre complicada, tanto que diversas empresas que até tiveram um brilhareco no Brasil, acabaram sucumbindo e fecharam as portas. Relembre cinco delas a seguir.

Amazonas

A história da Amazonas é bastante inusitada. Um belo dia, alguém achou que era uma excelente ideia colocar um motor de Fusca em uma moto. Isso deu origem ao projeto da Amazonas 1600, que chegou a ser a moto mais pesada do mundo, principalmente por culpa do motor de origem Volkswagen.

Criada nos anos 1970, a empresa fez até um certo sucesso, chegou a vender suas motos para algumas polícias do Brasil e até mesmo para o exterior. No entanto, a crise chegou e a operação foi encerrada em 1988, quando a Amazonas sumiu do mapa.

Indian

A Indian é uma das marcas de motos mais antigas do mundo, sendo concorrente da Harley-Davidson. Só que no mercado brasileiro, ela foi apenas um cometa que passou rápido demais. Em 2015, a empresa decidiu iniciar sua operação por aqui e com montagem nacional, com um plano bastante ousado.

Apenas dois anos depois, a Indian percebeu que a demanda não justificava a montagem no Brasil, e fechou essa parte da operação, passando a apenas importar seus modelos. Só que o tombo veio em 2018. Com baixas vendas e sem perspectiva de melhora, a empresa optou por abandonar o mercado brasileiro de vez.

Kasinski

A Kasinski foi uma empresa brasileira que tentou a sorte no mercado, e chegou até a ter um relativo sucesso. Sua moto mais emblemática foi a Comet 250, que tentava concorrer com as esportivas pequenas, como a Kawasaki Ninja 250. Apesar de ser brasileira, a empresa vendia modelos da sul-coreana Hyosung. Depois, em 2009, a empresa foi vendida para o grupo chinês CR Zongshen, que também passou a trazer suas motos para cá.

Essa fase da empresa tinha metas ambiciosas, mas tudo chegou ao fim em 2014, quando o contrato com os chineses não foi renovado e a Kasinski fechou suas operações.

Sundow 

Outro caso meteórico no Brasil, a Sundow surgiu em 2003, apostando em modelos menores e mais baratos. Apenas três anos depois, em 2006, a empresa já era a terceira mais vendida do país, atrás apenas de Honda e Yamaha – como acontece com qualquer fabricante.

Seus produtos eram de origem chinesa e montados em Manaus (AM). Apesar de ter começado com tudo, a Sundow foi perdendo fôlego ao longo dos anos. Em 2011, oito anos depois de ter sido criada, a empresa fechou em definitivo no Brasil.

Buell

Dentre todos os casos citados nesta lista, a Buell é a única que não fechou somente no Brasil. A marca teve início nos anos 1980, sendo criada por um ex-engenheiro da Harley-Davidson, que desejava produzir motos esportivas, o que não combinava com a filosofia da H-D.

O curioso é que a Buell acabou sendo comprada pela Harley em 2003. Dois anos depois, a empresa iniciou sua operação no Brasil. Só que em 2009, a H-D decidiu encerrar as operações da Buell, para focar em seus modelos. Com isso, a marca deixou de existir em todos os mercados, e não apenas no brasileiro.

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