Ao desenvolver e depois lançar , as montadoras gastam anos e rios de dinheiro. Todo um planejamento é feito desde a concepção do veículo até a maneira com a qual ele será mostrado ao público. Só que, às vezes, todo esse cuidado resulta em vendas pífias ou modelos que causam extrema má fama para as marcas.

Pensando nisso, reunimos cinco carros que certamente as montadoras devem se arrepender de terem lançado no Brasil ou no mundo. Confira.

Ford Powershift

Boa parte da má fama que a Ford infelizmente tem hoje é culpa do câmbio Powershift. Apesar de seu bom funcionamento, a transmissão automatizada de dupla embreagem é conhecida por quebrar excessivamente e em qualquer um dos carros da Ford no qual ela foi instalada.

A fama ruim desse câmbio não é só no Brasil, porque assombra a Ford até hoje mesmo em outros países. Por aqui, a marca ainda tem de ressaltar a cada lançamento que não saiu do Brasil, mas sim deixou de produzir seus carros localmente. E, apesar disso, mantém centro de desenvolvimento e de peças por aqui.

Peugeot Hoggar

Quando a Hoggar foi lançada, a Peugeot já não estava bem das pernas. Era uma marca que perdia participação de mercado constantemente e seus carros tinham uma constante mania de apresentar problemas graves de quebra da suspensão. A Hoggar foi um projeto milionário pensado para brigar com a Fiat Strada, mas que falhou miseravelmente.

A fama ruim da Peugeot na época, somada à cabine apertada e aos problemas de pós-venda e de suspensão fizeram com que a pobre Hoggar vendesse menos que a anciã Courier. Esse modelo foi um dos que culminou nos fortes prejuízos que a então PSA teve no Brasil por anos e que a prejudicou fortemente até o casamento com o grupo Fiat.

Jeep Compass (1ª geração)

A segunda geração do Jeep Compass é um enorme orgulho para a Jeep, sendo o modelo que estabeleceu o segmento de SUVs médios no Brasil. Mas a primeira geração…É aquele tipo de carro que a Stellantis prefere fingir que não existe e que foi um surto coletivo, tanto que muita gente mal sabe que existiu no Brasil.

Ele foi lançado em 2006 e milagrosamente durou até 2016. A plataforma, motor e câmbio vinham do Mitsubishi ASX, enquanto o visual juntava proporções de hatch com minivan e frente que tentava replicar o Wrangler. O interior era feito com plásticos terríveis e a dirigibilidade era tão ruim quanto. Nos EUA vendia ok só pela boa fama da Jeep.

Jaguar X-Type

Em tempos difíceis para a Jaguar, a marca britânica achou que seria uma boa ideia pegar o Ford Mondeo e dar a ele um visual retrô levemente sofisticado. E não deu. Apesar de ter vendido relativamente bem no começo, o modelo levou a Jaguar a prejuízos gigantescos e, até hoje, é um dos carros mais criticados da história da marca.

Nem mesmo uma versão perua ajudou a justificar o comportamento e acabamento de Ford Mondeo. Seu sucessor, o XE, trouxe a tração traseira de volta e foi amplamente elogiado pela mídia. Também vende níveis apenas satisfatórios. Mas, pelo menos, não manchou a imagem da marca como o X-Type fez.

Qualquer automatizado de embreagem única

Ainda que donos de carros automatizados de embreagem única os defenda, há uma razão para terem durado poucos anos: são péssimos. O sistema que usa um robô para fazer o acionamento e troca das marchas de uma transmissão manual parecia uma solução boa para fazer um carro “automático” barato. Mas não era.

As trocas eram sempre cheias de trancos e esses câmbios costumam dar muito problema e quebrar. Não vale à pena comprar nenhum Fiat Dualogic / GSR, Volkswagen i-Motion, Chevrolet Easytronic ou Renault Easy’R, Não à toa, todos eles tem apelidos maldosos: i-Tranco, EasyTranco ou Dualtranco.

 

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